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Belém, Amazônia, Brasil
1984 | 2023


Associação Fotoativa,  
Desde 1984, fomentando, experimentando e documentando a fotografia na Amazônia. Tem cursos, aulas abertas, conversa com artistas, exposições, feirinha e o que surgir… 


Casarão Fotoativa









Em 2005, através de uma cessão de uso via Prefeitura Municipal de Belém, a Associação Fotoativa passou a ocupar o imóvel que se tornou sede da entidade. Localizado na Praça das Mercês, onde se encontra a Igreja das Mercês (do século XVII, de autoria do arquiteto italiano Giuseppe Antonio Landi) e onde no século XIX funcionou o primeiro estúdio fotográfico da Amazônia, o Foto Fidanza.



A sede da associação é um casarão de dois pavimentos, construído na transição do século XIX para o XX, que integra um conjunto de sobrados ecléticos. A disposição dos ambientes leva a crer que originalmente o prédio tenha sido de uso misto, sendo o pavimento térreo destinado a atividades de comércio ou serviços e o pavimento superior reservado para residência.

Ao se tornar sede da Fotoativa, o imóvel, antes abandonado, foi aos poucos equipado e passou a contar com salões para exposições e palestras e laboratórios de fotografia e informática. O passo seguinte foi a restauração da fachada – realizada em 2008 dentro do Projeto Azulejar do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN/Belém) – uma iniciativa que contribuiu para a valorização da aparência da praça e pode servir como um incentivo a ações semelhantes na área.

Em 2011 a Fotoativa, através de parceria com a Secretaria de Cultura (SECULT/PA) inicia projeto de restauro da sede a partir do PAC (Cidades Históricas – Ministério do Turismo/IPHAN). Com o restauro e uso do referido edifício, a Fotoativa, além de recuperar, proteger e valorizar o patrimônio histórico tem como objetivo criar e oferecer à população um pólo referencial para o exercício da cidadania e dos diversos fazeres artísticos.






Restauro do Casarão Fotoativa




Iniciamos a ocupação do imóvel 19 da Praça das Mercês, Centro Histórico de Belém em 2004, a partir da assinatura de contrato de comodato com a Prefeitura Municipal de Belém. Como o estado de conservação do imóvel apresentava-se muito degradado, com sérios riscos à sua integridade, tivemos que empreender inicialmente um conjunto de ações emergenciais para garantir a estrutura e tornar possível o uso dos ambientes menos degradados. 





Paralelamente firmamos uma parceria com o Escritório Modelo de Arquitetura da UFPA e a Petrobrás, para elaborar um inventário arquitetônico e um projeto de restauro do casarão. Entrementes, em 2008, a nossa sede foi contemplada pelo IPHAN com um restauro completo da fachada.


Com o projeto de restauro em mãos, fomos em busca de recursos para implementá-lo. Finalmente, em 2011, com verba alocada junto ao Governo Federal (Ministério do Turismo) e o Governo do Estado (SECULT) – com esta responsável pela gestão e acompanhamento técnico, assistimos o início das obras.



Na medida em que as obras foram avançando tivemos que desocupar o casarão para que as mesmas pudessem fluir sem empecilhos. A previsão de entrega era para 2012, mas isso não se concretizou devido a erros e lentidão no tratamento dos processos, tanto no nivel técnico quanto no administrativo e jurídico. O reflexo disso foi percebido nas inúmeras paralisações ocorridas em todo esse período.

Por fim, em junho de 2015, a empresa que vinha executando o restauro, decidiu abandoná-lo. 







Diante desse quadro, sem uma definição quanto a retomada e finalização da obra, decidimos voltar ao casarão. Desde então, junto com a mudança, tivemos que empreender um rol de ações como limpar o canteiro de obras e instalar ambientes para as atividades básicas.

No momento estamos empenhados na adequação técnica e melhorias em todos os espaços para garantir o mínimo de condições para o desenvolvimento de atividades e a possibilidade de investir mais na captação de recursos necessários para a nossa sustentabilidade.






Uma vez reinstalados, iniciamos uma série de mutirões com contribuições variadas, de materiais a horas de trabalho físico coletivo, para atingir nossa meta de no segundo semestre de 2016, estar com plena capacidade de uso do casarão.

Assim reinauguramos os espaços do segundo andar com a exposição coletiva Alfabeto de Ficções do grupo Laboratório de Projetos, seguida da oficina De Olhos Vendados que passou a utilizar criativamente o espaço.

Seguimos reconstruindo pouco a pouco o espaço, através da rede de fotoativistas e parceiros. Enquanto isso, mesmo cientes de que a conjuntura é desfavorável, continuamos atentos aos trâmites pela abertura de uma nova licitação para a continuidade do restauro.



Relato por Miguel Chikaoka, em 2016.